quarta-feira, junho 23, 2004

Um dia com...

Miguel Dias, génio incontornável da música, rádio, teatro, televisão e cinema...também desconhecido internacionalmente como um verdadeiro Adónis. Depois desta breve introdução da minha pessoa passo a descrever como decorreu a minha sessão musical. O meu primeiro dia de gravações começa depois de uma grande noite de copos ( de água) e acordar de manhã como uma verdadeira estrela de rock rodeado pela companhia de quatro “beldades” – de seu nome Mário, Zé, Ruben e Álvaro- que depois de um belo banho e de uma sessão de onanismo partimos para o estúdio onde iriamos gravar as mais belas músicas que a minha mãe já ouviu; e que melhor maneira de começar senão com a linda “thrilling ride”. Comecei a debitar acordes e efeitos nunca antes ouvidos na história da música Chilena. Depois de longos meses de ensaios lá estavamos nós a passar toda a nossa criatividade musical para um programa de computador, a tecnologia em prol da arte. Agora mais a sério para mim foi um prazer passar todos estes dias na companhia dos meus camaradas musicais e ter produzido com eles músicas de uma beleza incomparável para a continuação desse lindo ciclo de ensaios e concertos. Obrigado a todas as pessoas que nos ajudaram e inspiraram na feitura deste albúm. “Graças à música as paixões fruem-se a si próprias” Nietzsche! Escrito por: Miguel Dias – guitarrista human cycle

segunda-feira, junho 14, 2004

O meu primeiro dia de gravações

São cerca de 10 horas da manhã. Ainda um pouco confuso com o início um pouco atribulado do dia e as sequelas de uma noite de sono mal dormida, fui começando a preparar-me para dar início às gravações. Após a afinição ao pormenor de todas as guitarras que iriam ser utilizadas nesse dia, passamos ao problema seguinte, que consistia na captação do som do amplificador. Como seria de esperar, foi um processo extremamente lento na medida em que todos nós pretendíamos tentar obter o melhor som possível e com o qual nos sentíssemos os mais identificados possível. Depois de algumas horas nestas “afinações” e de um almoço farto e extremamente saboroso, iria ter início a minha contribuição para o resultado final. Depois de todo o nervosismo, ansiedade e entusiasmo que se foi acumulando desde o momento em que foi marcado o início das gravações, tudo culminou naquele momento. O início de tudo pode estar nestes dias e, como tal, toda a nossa convicção, força e vontade estão presentes e de certo serão perceptíveis. Os takes iniciais foram um pouco complicados devido ao frio que se fazia sentir em Viseu que, por mais aquecimento que se fizesse, teimava em fazer das suas. Mas com o decorrer da tarde, tudo começou a fluir da melhor forma e os dedos começaram a fazer o seu trabalho. Durante esse dia, acabamos por gravar parte das guitarras de apenas quatro músicas, devido a umas ligeiras alterações que tiveram de ser feitas na tentativa de obter o melhor resultado final e para tornar o mais perceptível tudo aquilo que, ao mais pequeno pormenor, queremos transmitir em termos músicais, para além da componente das letras. Apesar de, no final, se vir a revelar um dia extremamente cansativo, espero que este primeiro dia de gravações se repita por muitas vezes no futuro porque isso significa que o nosso trabalho atinge o público da forma que pretendemos. Espero que no fim, no momento em que ouçam o cd, gostem deste pedaço das nossas vidas e de nós, que é a nossa música, e que sintam que ela é vossa também porque, na realidade, a música serve quem dela disfruta. Encontramo-nos por aí. Abraços Ruben (Guitarras)

terça-feira, junho 01, 2004

“As graves notas”

Após tanto tempo chega finalmente o dia tão esperado, finalmente vamos gravar o nosso primeiro álbum. Parto cedo, numa viagem madrugadora, para trás deixo a cidade de Gaia e rumo a Viseu pela tão famosa IP5. Viagem tranquila, sem problemas, passado algum tempo chego a Viseu, cidade calma e totalmente nova para mim... um “habitat” desconhecido para gravar algo que nos é tão pessoal e importante e que ficará para sempre preso no tempo... Após a gravação da bateria, é chegado a minha vez... as “graves notas” começam agora a ouvir-se, o nervoso sume-se a cada nota que passa e o que tantas vezes sonhei estou agora a ajudar a construir, finalmente a gravação do nosso álbum... “Anankê”, foi este o tema que escolhi para começar, sabia que me daria força e alento para um bom começo. Construído sob momentos difíceis das nossas vidas, nenhum outro tema possui igual carga sentimental e tamanho significado, será em meu entender um dos pilares do álbum. Tendo em conta que a gravação nunca é um processo simples e imediato, devo dizer que foi interessante o confronto com novas ideias e visões dos temas chegando mesmo a construir novas extensões e reflexos que julgo terem ficado realmente melhores... Em resumo, creio que à semelhança do que aconteceu anteriormente com a gravação do EP “broken hill” em 2002, conseguimos mais uma vez levar para estúdio aquele espírito de amizade que nos une e faz de nós os human cycle, o que associado ao bom ambiente vivido com o produtor e equipa técnica, facilitou todo o processo de gravação. Muito ainda há para fazer. Espero que no final este álbum consiga transmitir aquilo que desejamos e sentimos no momento, seja um fiel reflexo de nós... o resultado final e a vossa opinião dar-nos-á a resposta, à bientôt... Escrito por: Álvaro Matos - baixista Human Cycle